quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

UFFB PODE DAR O GÁS QUE O FUTEBOL BRASILEIRO PRECISA

Todo inicio de temporada do futebol vem a discussão sobre o calendário e sobre o fim, ou não dos estaduais. Pensando nisto veio a ideia da criação da UFFB ( União das Federações de Futebol do Brasil ) para organizar o maior campeonato já criado no Brasil.
O Brasil por ser um Pais de extensão Continental , deveria ser tratado cada estado como um pequeno pais.
Seria assim: cada estado Brasileiro daria o seu Campeão estadual, mais os vices do Carioca, Paulista, Mineiro e Gaúcho, juntando a eles o atual campão Nacional, teríamos 32 clubes divididos em oito grupos com quatro clubes jogando todos contra todos em jogos de ida e volta dentro do grupo, classificando os dois melhores colocados de cada grupo, assim teríamos 16 clubes para disputa das oitavas de final também com jogos de ida e volta, assim seria as quartas, semi , e a final seria em jogo único em um estadio já pre determinado no inicio da competição.
este Super Campeonato seria disputado por todo os estados  brasileiro, em 13 datas, alem de salvar os estaduais      

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Vamos Celebrar a Estupidez

Perfeição

Legião Urbana

Vamos celebrar
A estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja
De assassinos covardes
Estupradores e ladrões

Vamos celebrar
A estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado que não é nação

Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião

Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade

Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais

Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras
E sequestros

Nosso castelo
De cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda a hipocrisia
E toda a afetação
Todo roubo e toda indiferença
Vamos celebrar epidemias
É a festa da torcida campeã

Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar o coração

Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado
De absurdos gloriosos
Tudo que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos
O hino nacional
A lágrima é verdadeira
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão

Vamos festejar a inveja
A intolerância
A incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente
A vida inteira
E agora não tem mais
Direito a nada

Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isto
Com festa, velório e caixão
Tá tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou
Essa canção

Venha!
Meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão

Venha!
O amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça
Venha!
Que o que vem é Perfeição!

Collor recebeu R$ 3 milhões em propina da BR Distribuidora, diz doleiro

Novos depoimentos do doleiro Alberto Youssef detalham como, segundo o doleiro, o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu propina de R$ 3 milhões resultante de um negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. As informações são do jornal “Folha de S.Paulo”.
Youssef já havia contado, em depoimentos à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba colhidos entre outubro e novembro de 2014, que Collor recebia propina no esquema. Agora, em depoimentos à Procuradoria-Geral da República, deu mais detalhes sobre a suposta participação do ex-presidente no esquema de corrupção.
De acordo com Youssef, a propina veio de um contrato (de 2012) no valor de R$ 300 milhões entre uma rede de postos de combustíveis de São Paulo e a BR Distribuidora. O negócio era para que a rede deixasse uma marca de combustíveis e passasse a integrar o grupo de revendedores da BR Distribuidora.
“Em contratos regulares de troca de marca, em geral a empresa distribuidora dá um incentivo para que o posto de gasolina mude de bandeira. A ajuda serve para financiar obras e melhorias na rede”, escreve o jornal nesta terça-feira.
Em 2012, foi numa operação assim que, segundo Youssef, foi negociada a propina de 1% do total do contrato, o que corresponde a R$ 3 milhões.
O valor, disse o doleiro, era destinado a Collor e foi arrecadado nos postos, em dinheiro vivo, em três parcelas de R$ 1 milhão, e depois repassado a Pedro Paulo Leoni Ramos, empresário e consultor do setor de energia _ emissário de Collor e de seu partido, o PTB.
PP, como Ramos é conhecido, é amigo do senador desde a juventude. Foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos em seu governo (1990-1992) e é dono de uma empresa de consultoria que também fazia negócios com Youssef, a GPI Participações e Investimentos.
De acordo com Youssef _ que não detalhou como a propina teria chegado a Collor e também não apontou nomes de diretores da BR Distribuidora que estariam envolvidos no esquema — todos sabiam que Leoni era emissário do senador.
Em outro depoimento aos procuradores, Youssef disse que, em maio de 2013, mandou entregar R$ 50 mil em dinheiro vivo no apartamento de Collor em São Paulo. O senador nega a acusação.
A entrega teria sido feita por um dos emissários do doleiro, Rafael Ângulo Lopes, que também firmou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
Collor é atualmente líder no Senado pelo PTB. O partido tinha dois diretores na BR Distribuidora: José Zonis, na área de Operações e Logística, e Luiz Claudio Caseira Sanches, na Diretoria de Rede de Postos de Serviço, que permaneceram na estatal entre 2009 e 2013, relata a reportagem da “Folha”, que apurou que Zonis foi uma indicação direta do senador; já Sanches foi indicado pelo partido.
Ramos também é alvo de investigações da força-tarefa da Lava Jato em razão do repasse de R$ 4,3 milhões que uma de suas empresas fez à companhia MO Consultoria, de Youssef.
As autoridades também apuram negociações feitas entre Ramos e Youssef ligadas ao setor elétrico e ao laboratório Labogen, suspeito de integrar o esquema de fraudes do doleiro.
 Fonte: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/collor-recebeu-rdollar-3-milh%C3%B5es-em-propina-da-br-distribuidora-diz-doleiro/ar-BBhUIIK?ocid=mailsignoutmd

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

PT quer ampliar foco da CPI da Petrobras e incluir governo FHC

Para fundamentar o requerimento, partido utiliza parte do depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente executivo da petroleira

Brasília - O PT prepara o contra-ataque na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, a ser instalada entre os dias 23 e 24 de fevereiro na Câmara. Segundo o líder do partido, Sibá Machado (AC), já há assinaturas suficientes para ampliar o fato determinante que motivou a criação da comissão para o período anterior aos governos de Lula e Dilma Rousseff. Sibá diz que o pedido de aditamento alcançou as 171 assinaturas de deputados necessárias para ser aceito. Neste caso, as investigações retroagiriam ao ano de 1997. 
Para fundamentar o requerimento, o PT utiliza parte do depoimento do ex-gerente Executivo de Engenharia da Petrobras, Pedro José Barusco Filho, no qual revelou, em delação premiada, o recebimento de propinas desde 1997, quando abriu a sua primeira conta no exterior. Neste período, o país era governado pelo PSDB. A bancada do PT na Câmara aguarda apenas a instalação da CPI para apresentar o requerimento. 
“Se tem ladrão na Petrobras, tem que ser enjaulado. O problema é que, para a oposição, só pode ter ladrão de um ponto (2003) pra cá. E ladrão para antes não existe? Não tem que ser investigado? Todos os ladrões — do passado e do presente — têm que ser encontrados e presos”, defende Sibá, para quem existe um complô com a intenção de desgastar o partido da presidenta Dilma e diluir a Petrobras. 
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), por sua vez, rebateu afirmando que o PSDB também deseja ouvir em detalhes Barusco, especialmente quanto à informação de que o PT teria recebido até US$ 200 milhões de propina em 90 contratos da Petrobras com grandes empresas, entre 2003 e 2013. “Se nós vamos dar credibilidade a Pedro Barusco, aqui fica um compromisso público: vamos, sim, ouvi-lo e investigar desde 1997”, declarou. 
Paralelamente ao pedido de aditamento, o PT aguarda o resultado da representação junto ao Ministério Público em que também pede a ampliação das investigações realizadas no âmbito da Operação Lava Jato, com o mesmo argumento. A bancada quer ainda providências contra o vazamento seletivo de informações surgidas nas delações premiadas. Nas ações, encaminhadas à Procuradoria Geral da República, à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça, o PT questiona o porquê de os agentes investigadores não terem aprofundado os questionamentos em torno das propinas pagas no período do governo de Fernando Henrique Cardoso. 
“Segundo as transcrições do depoimento (de Barusco), os investigadores ouviram calados. Causa surpresa e estupefação que não tenha havido qualquer indagação nem aprofundamento pelos agentes de investigação”, diz Sibá. O líder vê “sinais de prevaricação” no comportamento dos investigadores. “Eles estão pinçando apenas o que querem. Isso é prevaricação”, acusa. 
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), que coleta assinaturas para uma CPI também na Casa, desdenha das ações do PT. “Podemos apurar retroagindo ao período da Coroa portuguesa, se o PT quiser”, diz, alegando que a estratégia dos petistas é antiga e não funciona. “Esta é uma tática primária, divisionista que eles usaram no mensalão e repetem agora, mas dá certo”. 
Cunha diz que já alcançou 23 das 27 assinaturas necessárias para instaurar a CPI. Ele espera ainda a posição do PSB, que aguarda a decisão do Ministério Público sobre o caso, para evitar constrangimentos com a revelação de nomes de integrantes da comissão na lista de políticos envolvidos com a propina. “Sem o apoio do PSB não há como alcançar o número necessário, por isso vamos aguardar a decisão do Ministério Público”. 
Na Câmara, a CPI será instalada na semana seguinte ao Carnaval, entre os dias 23 e 24, de acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Até lá, os líderes partidários devem encaminhar a indicação dos parlamentares que integrarão a comissão.

Governo quer mudar fórmula e adiar aposentadorias

Segundo ministro, Dilma vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário


Depois de negociar as medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença no Congresso Nacional, o governo Dilma Rousseff vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário. A informação é do ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo sua primeira entrevista após assumir o cargo.

A ideia, diz ele, é substituir o fator, criado em 1999, por uma fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil. "O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso e defendo o conceito do 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso", defende. A fórmula 85/95 soma a idade com o tempo de serviço - 85 para mulheres e 95 para homens.

Além de ser um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff, Gabas está escalado para discutir com as centrais e os parlamentares o pacote de aperto aos benefícios sociais, incluindo seguro-desemprego e abono salarial. Só com pensões por morte e auxílio-doença, o governo gastou quase R$ 120 bilhões em 2014.
 
Pacote
 
O governo anunciou o aperto na concessão dos benefícios sociais, inclusive as pensões por morte e auxílio-doença. Apesar do protesto dos sindicalistas, a dúvida é saber se o governo vai insistir no pacote. Gabas diz que primeiro, é preciso separar o conceito de ajuste fiscal do ajuste nos benefícios da Previdência. "Essas medidas têm, obviamente, efeito fiscal e financeiro, mas já vinham sendo discutidas com representações de trabalhadores e empregadores. Não são medidas inventadas agora, não são novidade", diz ele. Segundo o novo ministro, as centrais sindicais sabem da necessidade de se manter uma Previdência equilibrada. Tem muitas forças políticas no Brasil que entendem que esse nosso sistema é falido, que não funciona, e dizem que precisamos fazer uma grande reforma da Previdência.
 
Questionado sobre o fato de que se essa reforma não seria de fato necessária, Gabas se diz contrário a ela, alegando que o regime atual, se bem administrado, tem sustentabilidade no tempo. Defende que esse é o objetivo atual do governo e por isso as mudanças necessárias em pensão por morte e no auxílio doença. "Precisamos desses ajustes, não de grandes reformas. Como a sociedade é dinâmica, precisamos acompanhar com pequenas evoluções", justifica.
 
E explica essa questão da seguinte forma: "Nos últimos dez anos, a expectativa de sobrevida no Brasil subiu 4,6 anos. Em média, a expectativa de vida chega a 84 anos e a idade média de aposentadoria por tempo de contribuição é de 54 anos. Então, o cidadão fica 30 anos, em média, recebendo aposentadoria. Não há sistema que aguente", diz. Gabas defende que para que nosso sistema previdenciário seja preservado é preciso estender um pouquinho essa idade média de aposentadoria, que, segundo ele, é uma discussão diferente, que ainda não entrou na pauta.
 
Idade mínima
 
A reportagem quer saber se seria a instituição de uma idade mínima para se aposentar, como boa parte dos países desenvolvidos faz. Gabas diz não defender isso, que existem outras fórmulas que protegem o trabalhador mais pobre. O jornal O Estado de S. Paulo argumenta que isso passa pelo fim do fator previdenciário... "Eu briguei muito contra o fator previdenciário quando ele foi instituído. Eu era sindicalista. Se hoje eu estivesse no movimento sindical, eu teria outra postura, faria uma proposta, não ficaria apenas contrário ao fator. Qualquer cidadão tem de pensar que não é razoável que uma pessoa vivendo 84 anos se aposente aos 49 anos", diz. Ele argumenta ainda que, com o fator previdenciário, ao se aposentar cedo, a pessoa recebe um benefício menor, mas esse benefício serve como complemento de renda. "Daí quando a pessoa para mesmo de trabalhar, ela fica apenas com aquela aposentadoria pequena. Previdência não é complemento de renda, ela é substituta da renda", afirma.
 
Qual seria então a fórmula? Gabas diz que o fator é ruim porque não cumpre com o papel de retardar as aposentadorias. Que é preciso agora pensar numa fórmula que cumpra esse papel de retardar. "Seria a 85/95, como regra de acesso. As centrais chegaram a concordar isso", diz. A reportagem quer saber por que a 85/95 é melhor que idade mínima. O ministro explica que é porque o trabalhador mais pobre começa muito cedo a trabalhar. "Se coloca 65 anos como idade mínima para se aposentar, ele terá de trabalhar quase 50 anos ou mais. Já um trabalhador de família mais rica, que ingressa mais tarde no mercado de trabalho, teria outra realidade". Diz que o governo defende aqui, quando essa discussão chegar, uma soma de idade com tempo de contribuição, para proteger o trabalhador mais pobre. "Seria 85 para mulher e 95 para homens, mas tem fórmulas dentro disso. O 85/95 é um conceito, um pacote político, para iniciar as discussões. Essa é a próxima para discutir depois do pacote das pensões por morte e auxílio doença. O foco do ministério é fazer as medidas", afirma.
 
Tais medidas, questiona a reportagem, significariam gastos estratosféricos? Gabas diz que sim. Que, em 2014, o governo gastou R$ 94,8 bilhões com pensões por morte e esse dinheiro todo foi para 7,4 milhões de pensionistas. Com o auxílio-doença gastamos R$ 25,6 bilhões para 1,7 milhão de beneficiados. Em relação às pensões, as mudanças foram propostas porque essa transição que vivemos no Brasil, onde as pessoas estão vivendo mais, exige uma administração diferente da Previdência. Essa expectativa de vida de 84 anos é para quem tem hoje 50 anos. Quem nasceu agora terá uma expectativa de vida de quase 100 anos."
 
O ministro diz que estaria aí o motivo da restrição. Que a pensão por morte é uma extensão da aposentadoria. "O cidadão se aposentou, recebeu do INSS por 30 anos e quando morre, deixa uma pensão para outra pessoa, que depois também terá sua própria aposentadoria. Agora estamos nessa transição demográfica e precisamos encontrar novas formas. Quem está recebendo continuará recebendo. A mudança é para frente. Viúvas muito jovens e sem filhos vão receber pensão por um período, apenas."
 
Contas públicas
 
Diante dessa explicação, o impacto nas contas públicas para 2015 não foi pensado?, pergunta a reportagem. Gabas diz que essa não é uma medida para fechar as contas deste ano. Restringir pensão por morte e auxílio-doença são medidas de médio e longo prazo". E completa dizendo que certamente o cenário atual, de complicação fiscal, favoreceu o anúncio dessas medidas.
 
E o que esperar desse projeto no Congresso? O ministro, junto com Nelson Barbosa, irão negociar diretamente com o Congresso? O que é possível esperar? Gabas conta que ambos têm agendados encontros com vários segmentos dentro do Congresso. "Vamos aos deputados explicar as medidas. Elas são importantes, têm o papel de manter a sustentabilidade da sociedade."
 
Gabas não enxerga na figura de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, um complicador para a questão. Diz achar que Cunha tem a oportunidade de usar a discussão para provar a grandeza dele como presidente da Câmara, não usando as medidas como instrumento de barganha.
 
Quanto ao aumento do déficit da Previdência, de R$ 51 bilhões em 2014 e com previsão de alta em 2015, podendo se aproximar dos R$ 60 bilhões, e se isso é um fator de preocupação, o ministro diz que a arrecadação tem surpreendido negativamente, e que, de fato, as desonerações da folha de pagamento impactaram muito. Mas que essa história do déficit precisa ser tratada com uma visão mais contábil.
 
"Nós temos um modelo de previdência urbana e rural. Tivemos no ano passado quase R$ 35 bilhões de superávit na previdência urbana. No rural, a política não foi pensada com premissa de ter superávit, porque é uma política com objetivo de proteger o homem do campo, aqueles que trabalham a terra em regime de agricultura familiar. Esse trabalhador rural é quem produz 73% dos alimentos que nós comemos. Não vemos latifúndio de dez mil hectares produzindo tomate, feijão, legumes, apenas commodities."
 
Então, se separar, contabilmente, o modelo rural do urbano, o problema estaria resolvido?, questiona a reportagem. "Veja bem, falamos de 8,4 milhões de aposentados rurais que ganham um salário mínimo. Neste segmento a despesa cresceu bastante porque o salário mínimo cresceu muito. Essa política não tem objetivo de ter superávit, a conta não foi feita para fechar, tanto que a Constituição prevê a Cofins e a CSLL para servirem de fonte de renda para custear a previdência rural. Contabilmente nosso regime é equilibrado, mas a conta, depois que houve a unificação dos caixas no Tesouro, se misturou tudo. Tivemos uma arrecadação de R$ 5 bilhões com o rural e gastos de R$ 80 bilhões. A arrecadação da Cofins e CSLL é muito superior a essa diferença, mas isso não fica claro. Temos só que nos colocar de acordo com o pessoal do Ministério da Fazenda para ver como se transferem esses recursos. Não pode pensar em "vamos cobrir o rombo". Não tem rombo, entende? ", conclui. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Atacaram a joia da coroa: Cenpes, melhor centro de pesquisa do Brasil

Na sequência de notícias ruins sobre a Petrobras, dói mais a corrupção no Cenpes, o centro de pesquisas da companhia, na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. Se a Petrobras é a coroa, a jóia maior é o Cenpes.
Motivo de orgulho, reconhecido internacionalmente, fica ao lado do campus da UFRJ — como deve ser, ao lado de uma universidade pública — e sempre produziu muito conhecimento, que nos levou a ir fundo na busca por petróleo e também em pesquisas de combustíveis alternativos e até não fósseis.
As histórias de corrupção na Petrobras são dolorosas para nós brasileiros, que admiramos a empresa e queremos que ela saia dessa crise, com todos os fatos sendo esclarecidos. Mas conseguimos separar: teve um grupo que assaltou a companhia, e há os funcionários que fizeram a Petrobras ser referência em tecnologia no mundo.
A notícia está na capa do GLOBO desta segunda-feira. Foi durante a duplicação do Cenpes para atender ao desafio de explorar o pré-sal que ocorreu a corrupção, contada pelo ex-gerente Pedro Barusco. O desvio delatado por ele teria chegado a R$ 36,6 mi. Com 55 aditivos, o projeto, inicialmente orçado em R$ 1 bi, custou R$ 2,5 bi. De acordo com os depoimentos, quem tocou a obra foi Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que é ligado ao PT.
As empreiteiras são aquelas que também aparecem em outros desvios.
O ex-ministro José Jorge, antes de se aposentar do TCU, já havia tentado investigar os desvios, mas diretores da Petrobras o impediram de chegar a todas as informações. Ainda assim, em relatório de 2010, José apontava R$ 200 mi de sobrepreço sem que pudesse encontrar a origem. A informação agora é de R$ 1,5 bi.
Como aconteceu em outros casos, a propina seria de 2% e iria metade para pessoas e metade para o partido.
É triste saber que no melhor centro de pesquisas do Brasil, um dos mais reconhecidos do mundo, houve corrupção.

Fonte:http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2015/02/23/atacaram-joia-da-coroa-cenpes-melhor-centro-de-pesquisa-do-brasil-561529.asp

Fundo do FGTS tem na Lava Jato mais de R$ 11 bilhões

O fundo FI-FGTS, que utiliza uma fatia de recursos do FGTS do conjunto de trabalhadores, tem mais de R$ 11 bilhões aplicados em empresas citadas na operação Lava Jato. É mais de um terço do total de R$ 32 bilhões de recursos do fundo, que foi criado para investir em projetos de infraestrutura. “A maioria das empresas desse setor [infraestrutura] estão na operação Lava Jato; é natural que seus projetos façam parte de um fundo com foco em infraestrutura”, disse Marcos Vasconcellos, vice-presidente da Caixa. O banco é responsável pela gestão do FGTS e do FI-FGTS. As informações são da Folha de S. Paulo.
O maior investimento é em R$ 2,378 bilhões em debêntures (títulos de dívida de longo prazo) da Sete Brasil, fornecedora de navios plataformas e sondas para exploração da Petrobras no pré-sal. O fundo também têm R$ 2,379 bilhões em ações da Odebrecht TransPort, e outro R$ 1,079 bilhão na Odebrecht Ambiental, ambas empresas de capital fechado do grupo Odebrecht.
O investimento mais arriscado até o momento é na OAS Óleo e Gás, em que o FI-FGTS tem R$ 800 milhões. O grupo atrasou pagamentos e deve pedir recuperação judicial nas próximas semanas. Segundo Vasconcellos, o escândalo ainda não trouxe perdas ao fundo, que rendeu 7,71% em 2014. O executivo afirmou que o FI-FGTS têm mais de R$ 10 bilhões em caixa para investir em projetos de infraestrutura. No entanto, teve de reduzir o apetite devido ao risco crescente das empreiteiras.
“Estamos esperando que novos players [empresas] voltem a participar da infraestrutura”, disse.O governo e a CVM estudam abrir o FI-FGTS para que os trabalhadores apliquem seu dinheiro como fizeram com ações da Vale e da Petrobras.
Fonte: http://www.fabiocampana.com.br/2015/02/fundo-do-fgts-tem-na-lava-jato-mais-de-r-11-bilhoes/